

prestemos tento aos paratextos e, aplausos aqui, não se rende a morais fabulares quando encerra seu feito.
Com um personagem-guia que representa tanto o povo submetido à manipulação de quem tem costas quentes, quanto sua elite, já que é com a lente do privilégio que ele enxerga tudo de perto, Coisa fraca no sal não prospera é história de verdade e de mentira, tal qual e, no entanto, nada igual ao que poderia ter sido se se abastecesse só dos outros.
Arrisco colocar etiqueta de livro dos bons porque sei que não será erro colocá-la pra convencer você, que me lê, a ler Octávio. Ele sabe da próxima linha. No rádio, ao fundo, ouço Doces Bárbaros, sabendo que aquela junção de biografias estratosféricas na década de 1970 é um pretexto para o encontro de si mesmos.
Aqui, nas linhas que se seguem, foi preciso que Octávio contasse dessa gente que dispersa entre os automóveis para que ele mesmo soubesse que existe uma tribo de gente que sabe o modo de ver esse fato todo e essa tribo de gente que escreve um livro num determinado dia. E agora ele é um deles. Ocupe-se, pois, de seu novo ofício.
§ Título: Coisa fraca no sal não prospera
§ Gênero: 1. Romance; - 2. Literatura Potiguar.
§ Idioma: Português
§ Páginas: 104
§ Ano: 2021
§ Editora: Jovens Escribas
§ Lugar: Natal/RN
§ Sobre o autor: OCTÁVIO SANTIAGO nasceu em Natal, é jornalista e sempre teve intimidade com as letras. Com a publicação do seu primeiro livro, Coisa fraca no sal não prospera, ele se posiciona na cena da literatura contemporânea, a partir de marcas regionais e ressonância além das fronteiras. Trata-se de um novo ângulo sobre a conjuntura sociopolítica peculiar e teimosa de uma porção de Brasil que evoca pertencimento e se reconhece nas entrelinhas. Mesmo em meio a todo o sal da pandemia, nasce um bom romance dos nossos tempos, além de um estilo de prosa com foça para prosperar.
Dimensões da Embalagem:
14 x 21 x 0,5 cm
Peso do produto:
0,25 kg